quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Coisas más

Não há tempo para conversas de blog. Agora é só pensar em faculdade, curso, estudar e dormir pouco. Por isso, aguardem por novidades. Mas aguardem sentadinhos

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Coisas fixes

Há muito tempo que eu não punha os pés num teatro. Há muito tempo que não vestia aquela disposição maravilhosa de ver coisas novas, únicas que só o Teatro nos pode proporcionar. Ricardo II, de Shakespeare foi o pretexto, a companhia não podia ser melhor, a noite estava espectacular. Tudo conspirava para que ficasse marcado o dia em que entreguei três horas seguidas ao Teatro.

Depois de dez anos sem entrar no Teatro Carlos Alberto, voltei desta feita como espectadora. Foi brilhante a forma como naquelas três horas coube de tudo um pouco: alegria, tristeza, êxtase, surpresa, pena, sono e susto.

Vale a pena tirar uma noite de vez enquando e assistir a um espectáculo que nunca mais se repetirá. É essa uma das características do Teatro que me cativam. O cinema perdura, pode ser visto mil vezes em mil momentos diferentes por mil pessoas diferentes. O Teatro é um momento momento único no tempo. É efémero e ainda assim perdura em nós por muito mais do que um filme.

Fica aqui registada a minha vontade de voltar para amar Teatro quantas vezes puder. Mais vezes e melhor, se possível.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Coisas tristes

Como uma ponte muito velha, muito gasta, muito usada, muito danificada, a que ninguém atribui confiança...

Como um papel muito velho, muito gasto, muito escrito e apagado, que não tem nada escrito que se veja mas cujo conteúdo apagado deixou as suas marcas...

Como uma mão muito velha, muito gasta, muito experiente, que não é bonita, nem especial....

Como um bocado de vida muito velho, muito gasto, muito lembrado, muito mexido, muito chorado, muito sentido, muito especial, que se guarda no fundo da mente e se procura sempre que se quer...

Assim a minha alma muito velha, muito gasta, muito usada, muito encardida pelas memórias, que eu não quero perder nunca.

Assim a minha vida muito velha, muito gasta, muito suada, muito em silêncio, muito secreta, muito só minha, que eu não sei para onde vai e ainda é tão nova.

Assim meus sonhos muito velhos, muito gastos, muito impossíveis, muito desejados, que eu aprecio e guardo só para mim.

Minha vontade de viver termina com a minha vontade de sentir, porque sentir (...) não é viver é existir, persistir, sobreviver teimosamente ao tempo com a esperança a pesar nas costas.