quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Coisas interessantes

Hoje, iremos reflectir sobre as respostas às sondagens propostas até hoje (que foram somente duas).

Na primeira, "Qual a coisa mais essencial?", os respondentes optaram claramente pelo "amor" e ninguém votou no "espelho". Interessante verificar que o "espelho" não foi seleccionado uma única vez, quando é para ele que olhamos todos os dias, sem excepção. Não digo que seja o elemento mais essencial dos que se apresentavam, mas é com certeza um elemento que facilita o acesso ao "amor", ao "sexo" e até mesmo ao "dinheiro".

Na segunda, "Qual o maior desejo para 2008?", as respostas indicam a "felicidade" como a mais escolhida. Na mesma panóplia de respostas, existia o "amor", o mais votado na sondagem anterior, que desta feita empata com a "saúde". Curioso pensar como a "coisa mais essencial" não é o "maior desejo para 2008". Ou bem que as pessoas que aqui votam já estão bem servidas em termos de amor e, se assim é, só posso ficar contente por isso, ou estamos perante uma incongruência.

De qualquer das formas queria agradecer a todas as pessoas que votaram e convidá-las a continuar a votar. A próxima sondagem é um pouco diferente, mas na mesma divertida e espero que os resultados sejam interessantes ou curiosos.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Coisas assim

Alguém disse que este espaço era deprimente, demasiado triste. Talvez seja. Talvez por agora o que eu sinto seja deprimente e triste e demasiado pesado para quem quer ler umas piadas. Não consigo escrever sem sentir o pulsar do coração em cada dedo. É esse o ritmo que controla as palavras que por aqui se sucedem. Por agora, este meu coração bate descontrolado, perdido e triste. Outrora terá batido com mais força, com mais energia, com mais serenidade. Talvez estes meus olhos já tenham visto em outros tempos coisas mais belas, mais coloridas e mais agradáveis para descrever. Mas por agora, os meus olhos vêem a preto e branco e a cinzentos, vêem o mundo em câmara lenta e sem sabor.
Talvez, por outro lado, haja alguém que ache necessidade a estas palavras e aos sentimentos que a elas se prendem. Talvez alguém saiba o que significam, ou talvez lhe dê um significado com sentido, como eu.
Talvez estas palavras sirvam só para serem lidas depois. Depois de passar tudo. Depois de já não fazerem sentido para lembrar-me a mim e a quem as tiver sentido, que um dia já foi assim e poderá sempre voltar a ser.
Se para ti não fazem sentido e não lhes vês necessidade, nem beleza, então lê só uma vez e parte à procura de coisas mais felizes, que um dia (espero) poderás encontrar aqui também.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Coisas bonitas

Não tinha conhecimento desta música até hoje. Mas achei-a lindíssima e merece ser ouvida por todos os que sentem dor, por mais pequena que seja.

http://www.youtube.com/watch?v=VnJo_wOiPE0



Pequena dor

A tua pequena dor
quase nem sequer te dói.
É so um ligeiro ardor
que nao mata mas que dói.

É uma dor pequenina
quase como se não fosse.
É como a tangerina
tem um sumo agri-doce.

De onde vem essa dor,
se a causa não se vê?
Se n é por desamor,
entao é uma dor de quê?

Não exponhas essa dor.
É preciosa, é so tua.
Não a mostres, tem pudor.
É o lado oculto da lua.

Não é vicio nem costume.
Deve ser inquietação.
Não há nada que a arrume
dentro do teu coração.

Talvez seja a dor de ser.
Só a sente quem a tem.
Ou será a dor de ver
a dor de ir mais além.

Certo é ser a dor de quem
não se dá por satisfeito.
Não a mates, guarda-a bem
guardada no fundo do peito.

Rui Veloso

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Coisas para sempre


http://youtube.com/watch?v=D4mpmLFQv7U


Por te rever

Quisera roubar-te essas palavras e morrer
Trazer-te assim até ao fim do que eu puder
E começar um dia mais eternamente
Por te rever, só

Pudesse eu guardar-te nos sentidos e na voz
E descobrir o que será de nós
E demorar um dia mais eternamente
Por te rever, só

Quisera a ternura, calmaria azul do mar
O riso o amor o gosto a sal o sol do olhar
E um lugar pra me espraiar eternamente
Por te rever, só

Pudesse eu ser tempo a respirar no teu abraço
Adormecer e abandonar-me de cansaço
Quisera assim perder-me em mim eternamente
Por te rever, só

Mafalda Veiga

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Coisas tristes



Por outras palavras

Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
mais uma madrugada

Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
mais uma gargalhada

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que sabia arrancar sempre
mais uma gargalhada

E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim

Mafalda Veiga


Ninguém disse que ia ser assim tão difícil caminhar, eu é que já sei que vai ser difícil viver-me nos próximos meses, talvez mesmo anos. E quem me dera querer morrer por ser preciso e não por já não ter vontade de continuar aqui.