sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cada um tem o que merece?

eu quero fantasia

e tenho realidade

eu quero cor de rosa

e tenho cinzento

eu quero certo

e tenho errado

eu quero excelente

e tenho suficiente

eu quero mais e tenho menos

eu quero alto e tenho mediano

eu quero intenso e tenho sem sabor

eu quero e não tenho

Obrigada FT :)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Será?

Os dias foram passando e a água foi estagnando naquele lugar. Costumava ser uma água limpa, fresca, rica de vida e de futuro. Agora, sem explicação aparente, estava parada. Tinha ganho uma cor esverdeada, feia e suja. Ninguém conhecia o seu sabor, porque ninguém se aproximava dela sequer. Alguns, distraídos, já a tinham calcado. Se antes, com o movimento que a caracterizava as pegadas se apagavam imediatamente, agora permaneciam algum tempo marcadas na vegetação lamacenta que dela se tinha apoderado.

Quem nunca a tinha visto, tentava desviar o olhar. Afinal, que interesse tem uma poça de água ridícula, abandonada de vida e de beleza, que não vai para lado nenhum? Quem a conheceu antes de, por algum motivo, ter parado ali, sabia que aquela água já tinha tido muito para dar, já tinha percorrido muitos caminhos diferentes sem deixar de ser transparente e cheia de vida.

Agora, estava ali. Não vai a lado nenhum. Não toca ninguém. Não sacia a sede de ninguém. Está cheia de lixo e de verdura morta ou podre. Ninguém lhe quer tocar. Será que algum dia a chuva a vai ajudar a ter força para se movimentar outra vez; para se libertar do lixo, para voltar a ser transparente e atraente e útil?
Ora bem, o tempo de votar já acabou. O resultado é positivo, tendo em conta que vou obviamente ignorar os resultados da 3ª opção. Para quem não gosta, eu nunca disse que isto era uma democracia. Houve uma crítica relativa à luminosidade que a cor branca provoca no ecrãn. Peço desculpa, tentei mudar a cor, mas não gosto de mais nenhuma mais do que do branco, não nesta conjugação de cores. Posso é sugerir que baixem a intensidade da luz no vosso monitor. Sim?

A mudança do preto fechado para o branco mais aberto simboliza mesmo uma mudança que quero que aconteça, mesmo fora do âmbito deste blog. Só Deus sabe como às vezes é complicado ver luz no dia-a-dia...

domingo, 18 de abril de 2010

Em conversa com um dos meus novos parceiros nos crimes bloguentos, eu disse o seguinte:

Os erros são oportunidades de aprendizagem; as imperfeições são oportunidades de evolução; os defeitos são oportunidades de crescimento. Por isso, por muitos que tenha, são todos positivos e tornam-me melhor.

In deed!

domingo, 11 de abril de 2010

Où es tu?

Onde andas tu, que te navegas à deriva do meu pensamento? Não te escondas por aí como um desconhecido. Aparece, fala, convida-me para conversar. Eu gosto de conhecer pessoas novas também. Gostava que gostasses de me conhecer a mim. Eu gostei de te conhecer pelo esboço. Sê gentil, suave. Eu serei gentil e suave também para ti. Adoro que me toquem na hora certa, da forma certa. Vais notar que não é assim tão difícil perceber quando e como o certo se desenhará entre nós. E sorri. Gosto de sorrisos espontâneos, sinceros. Não te deixes acanhar pela imagem dura e distante que passo. É só fachada e não é para ti. Tu podes vir ter comigo. Vem ter comigo quando quiseres. E olha para além do óbvio. Gostar de outra pessoa começa dentro de cada um de nós. O resto do encanto vem naturalmente se te aproximares.

Ooops!!

Há dias em que sinto que aterrei aqui de repente e que tudo está diferente, apesar de parecer igual. A maior diferença encontro-a nas pessoas, na forma como se relacionam. Há uns anos atrás eu conseguia encontrar pessoas verdadeiras, cujas personalidades quase pareciam palpáveis de tão sólidas eram. Não se mentia a amigos, acreditava-se neles. Afinal, são os únicos nos quais podíamos realmente confiar. Quando aparecia alguém interessante, fazíamos por manter esse alguém por perto, tentávamos descobrir esse alguém aos bocadinhos, sem pressa, mas mostrávamos desde logo quais as cores que essa pessoa nos transmitia. Antes, as pessoas viam-me (ou eu pensava que me viam) como uma pessoa adorável, fofa, divertida, verdadeira, genuína, extrovertida. Hoje, eu própria me vejo como um pouco azeda, sarcástica, quase que afasto as pessoas com algum propósito. Não sei para onde escorreu a parte suave de mim. Pelo menos continuo a ser verdadeira.

Estou estúpida! Comecei este texto a pensar que o mundo estava louco, mas acabo a reconhecer que é em mim que devo procurar uma mudança para melhor. Fiquei triste.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pronto, apresenta-se a experiência número um. Já que ninguém se chega a frente para opinar acerca do aspecto desta coisa, faço-o eu. Agora, só têm que indicar aqui do lado direito se acham que é este que deve ficar, ou não.

Ah! Sintam-se livres de opinar sobre o que acharem merecedor de mudança.
Apesar de não figurarem aqui as mensagens anteriores a 2007, na realidade este blog começou a ser escrito a 3 de Abril de 2006. E fez, por isso, quatro anos de existência! Não é muito tempo, se fizermos a comparação com blogs com sete e mais anos de idade. Mas é a idade que ele tem e, por isso, merece os parabéns.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu não tenho escrito aqui nada que se aproveite. Sabe quem tem estado presente que a vida não me tem dado grandes coisas merecedoras de serem registadas aqui. A imagem do blog também penso que possa contribuir para o cansaço de cá vir. De maneiras que decidi que vou colocar a possibilidade de mudar as cores, o tipo de letra, enfim, tudo o que seja alvo de críticas e comentários de quem cá venha. E fica a promessa de começar a escrever mais vezes, se ainda alguém quiser ler o que eu escrevo.

Por falar nisso, ainda alguém se aventura neste pântano ou estarei a falar só para mim?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Coisas soltas

Ultimamente sinto que já não sei escrever como dantes. Não sei se será falta de inspiração ou perda de capacidade. Tal como tudo na minha vida, perdeu o encanto.

Ter alguém. Construir sonhos e projectos e vida. Sentir aquele arrepio de medo da perda, porque se tem algo para perder. Ser amada. Dar as mãos. Sorrir só porque sim. Sentir-me segura. Acreditar.

Quero tudo e mereço tudo. Todos os erros que cometi, acrescentaram-me valor. Qualidades que não encontro em todas as pessoas: humildade para reconhecer erros; coragem para os admitir; audácia para deles retirar uma lição.

Não é porque tenho medo de estar sozinha que me vou conformar com algo que não seja o que eu quero. De novo, centro e não satélite. Será assim ou não será de todo. Parece-me bem.

Estou no centro de mim e da minha vida e não gosto. Não gosto de sentir que não estou a construir nada. Queria que as palavras bonitas para dizer isso viessem até mim, mas não vêm. Não gosto de me sentir como um fim em mim mesma; que a única pessoa que depende de mim seja apenas eu; que os sonhos sejam só feitos por mim; que a vida seja uma perfeita incógnita.

Já não rezo como antigamente. Não deixer de ter Fé em Ti. Não deixei de Te temer. Não foste Tu quem se afastou. É de mim que vem algo que não é dúvida ou medo ou confusão. Simplesmente, a criança que havia em mim está a apagar-se e a Tua Luz não me chega como dantes. Os erros que cometi, as mentiras que disse e que feriram, as que me feriram a mim, as memórias, as saudades talvez me tenham feito crescer. Talvez esteja mais madura, mais racional, mais realista, fria e calculista. Mas levaram a criança de mim que acreditava, que sorria, que lutava, que sentia, que rezava. A inocência apaga-se e vai com ela a Vida. És Pai e Vida. Vem Tu até mim e faz com que a minha insognificância se torne mais Tua.


Que saudades do tempo em que saltava da cama cheia de vontade de viver mais um dia! Saudades não dão vontades. É uma pena!

Ser quem queremos ser. Seremos impossíveis na vontade ou preguiçosos na realidade?