O blog de todas as coisas: de coisas banais e de coisas sérias; de coisas bonitas e de coisas feias; de coisas inventadas e de coisas reais; de coisas minhas e de coisas dos outros; de coisas interessantes e de coisas estúpidas. Enfim, o blog de coisas da vida, de coisas ...
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Coisas parvas
Não pensem que o blog caiu no meu esquecimento. Simplesmente não me apetece falar sobre nada. Estou farta de tudo e as coisas perderam a piada há muito tempo atrás. E, depois disso, ficou muito pouco para dizer. Pode ser que eu volte. Pode ser que não.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Baixo os olhos e não sinto. Deixo o mundo continuar lá fora. Não quero sair. Não quero ver os outros a viver e a sentir. Aqui é a vida que eu quero, que eu mereço, que eu consigo. E, finalmente, não dá mais. Não há mais lágrimas para chorar, nem pena para sentir por mim própria. Já não há espelhos que consigam reflectir tanta pobreza, tamanha pequenez.
A Pessoa sou eu. O mundo sou eu. O tempo fugiu, parou por aqui. Não quero abrir a janela a ver o mundo a continuar. Como podem haver sorrisos? Como pode continuar a mundo sem me ver? Quando é que o mundo vai parar para me deixar levantar e dar um passo sem o risco de cair e sofrer de novo? Para onde vão todos com tanta pressa, sem olhar para trás por um momento, para ver que eu estou aqui e que as pernas para andar já não as tenho, já mas tiraram, não voltam mais?
Fosse eu a brisa e saísse de mim enfim e voasse no vento e molhasse na chuva e vivesse pela vida dos outros. Fosse eu passado todos dias e voltasse a ser sorriso, liberdade e vida. Fosse eu limpa e pudesse ver-me sem a lama nos olhos e na alma. Fosse o mundo outro e mais leve, sem mim e sem a minha dor. Fosse eu mentira e houvesse calma.
Mas o mundo é isto e isto é dor e a dor sou eu.
A Pessoa sou eu. O mundo sou eu. O tempo fugiu, parou por aqui. Não quero abrir a janela a ver o mundo a continuar. Como podem haver sorrisos? Como pode continuar a mundo sem me ver? Quando é que o mundo vai parar para me deixar levantar e dar um passo sem o risco de cair e sofrer de novo? Para onde vão todos com tanta pressa, sem olhar para trás por um momento, para ver que eu estou aqui e que as pernas para andar já não as tenho, já mas tiraram, não voltam mais?
Fosse eu a brisa e saísse de mim enfim e voasse no vento e molhasse na chuva e vivesse pela vida dos outros. Fosse eu passado todos dias e voltasse a ser sorriso, liberdade e vida. Fosse eu limpa e pudesse ver-me sem a lama nos olhos e na alma. Fosse o mundo outro e mais leve, sem mim e sem a minha dor. Fosse eu mentira e houvesse calma.
Mas o mundo é isto e isto é dor e a dor sou eu.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Coisas para pensar
Um dia já fomos assim, já quisemos viver tudo de uma só vez: sofrimentos, tristezas, angústias, saber como dói ser um herói de romance, de sentir que é tudo uma mágoa só e que nunca, nunca vai ficar tudo bem. Um dia já quisemos chorar tudo, deitar a tristeza para fora num só grito de desespero para que toda a gente ouça o que dói aqui dentro. E dói tanto, por vezes... Um dia já quisemos olhar para o mundo e morrer num sopro de cansaço e nunca mais sentir nada, porque o coração não aguenta mais de tanto se gastar na vida. Um dia quisemos todos viver histórias para contar nos filmes, mas nunca a quem pensa que nos conhece. Um dia quisemos ser o erro e o lamento de vidas impossíveis de serem sentidas todas numa só dor. Um dia quisemos todos ser o que só alguns almejam: a coragem de sofrer e de enfrentar o sofrimento e ser feliz quando se sofre. Um dia quisemos todos entender porque se sofre e se é feliz ao mesmo tempo, sabendo que só sofre quem se arrisca, quem se dá à vida, quem vive realmente e não tem medo das arestas da calçada onde descansamos. Um dia todos quisemos nunca mais sorrir só para saber como é ser um farrapo, uma réstia de vida, deitada, derrotada, "desistida" de si mesma.
Um dia olharemos para trás nos olhos duma criança desejosa disso tudo e teremos pena que a vida se viva um dia atrás do outro e não num momento de êxtase e paixão e heroísmo. Pensaremos em tudo o que tentamos esquecer, esconder, viver pelos filmes e pelas músicas, e não nas coisas que valorizamos todos os dias e que, no final, nada valem, nada pesam, não importam. Um dia, vamos deixar de criticar as pessoas que cometem muitos erros e se magoam muito, porque saberemos que sempre quisemos ser essa pessoa, mas foi sempre mais fácil fazer o que é certo, foi sempre mais fácil procurar o caminho da felicidade, em vez de a vivermos no caminho que nos calhar.
Um dia, vais olhar e vais arrepender-te de tudo o que não viveste, de ter fugido de tudo o que receaste. Onde houver medo, que haja a coragem! E quando estiveres a sofrer de novo, vira-te de frente para o que te magoa e abraça-o e arrisca-te. Vive a tua vida, não a escolhas. Não te conformes, mas vive-te. E deixa que o sofrimento te pise e te derrote. Não tenhas medo de sofrer. Tem medo de não viver tudo o que se atravessou no teu caminho.
Um dia olharemos para trás nos olhos duma criança desejosa disso tudo e teremos pena que a vida se viva um dia atrás do outro e não num momento de êxtase e paixão e heroísmo. Pensaremos em tudo o que tentamos esquecer, esconder, viver pelos filmes e pelas músicas, e não nas coisas que valorizamos todos os dias e que, no final, nada valem, nada pesam, não importam. Um dia, vamos deixar de criticar as pessoas que cometem muitos erros e se magoam muito, porque saberemos que sempre quisemos ser essa pessoa, mas foi sempre mais fácil fazer o que é certo, foi sempre mais fácil procurar o caminho da felicidade, em vez de a vivermos no caminho que nos calhar.
Um dia, vais olhar e vais arrepender-te de tudo o que não viveste, de ter fugido de tudo o que receaste. Onde houver medo, que haja a coragem! E quando estiveres a sofrer de novo, vira-te de frente para o que te magoa e abraça-o e arrisca-te. Vive a tua vida, não a escolhas. Não te conformes, mas vive-te. E deixa que o sofrimento te pise e te derrote. Não tenhas medo de sofrer. Tem medo de não viver tudo o que se atravessou no teu caminho.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Há um vazio enorme aqui no meu peito, um vácuo que se expande a cada segundo. Há aqui uma tristeza imensa aqui nos meus olhos, que eu escondo e disfarço, mas não aguento muito mais. Há um desespero tão grande aqui na minha vida e que eu não sei mais como apagar. Há uma solidão corrosiva aqui à minha volta e que ninguém vê e que só eu sinto.
Às vezes olho para trás e vejo o que era aqui há uns meses. Penso na felicidade, nos sonhos, nos sorrisos sinceros, na música que gostava de ouvir, em tudo o que costumava fazer. Penso e despeço-me uma por uma, de todas as recordações e de todos os sonhos.
Eu queria ter um blog feliz, cheio de coisas curiosas, interessantes e bonitas. Mas só consigo escrever coisas tristes, melancólicas e pessoais. Se não sou feliz, não consigo escrever coisas que espelhem felicidade. Acho que já basta ter de fingir que está tudo bem comigo durante o dia. Estou cansada disso e de tudo.
Às vezes olho para trás e vejo o que era aqui há uns meses. Penso na felicidade, nos sonhos, nos sorrisos sinceros, na música que gostava de ouvir, em tudo o que costumava fazer. Penso e despeço-me uma por uma, de todas as recordações e de todos os sonhos.
Eu queria ter um blog feliz, cheio de coisas curiosas, interessantes e bonitas. Mas só consigo escrever coisas tristes, melancólicas e pessoais. Se não sou feliz, não consigo escrever coisas que espelhem felicidade. Acho que já basta ter de fingir que está tudo bem comigo durante o dia. Estou cansada disso e de tudo.
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