domingo, 31 de janeiro de 2010

Ultimamente, acho que os loucos não estão só em Lisboa, como diz a música. E cada vez duvido menos que o mundo anda ao contrário. Os Prémios Nobel são dados a quem não os merece e se os voluntários festejam e criam um pouco de alegria no meio do caos são criticados. O país continua a votar em quem só dá provas de ser corrupto e mal-intencionado.

Não sei se me desespere, se me deixe de importar.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Gata Assanhada


Ontem fui com a Marta à estreia de A Febre, no TeCA. Como esperava, adorei a interpretação de João Reis. Desde há um tempo para cá, que prefiro ver a peça sem lhe ler a sinopse antes. Através da interpretação deve-se ser capaz de perceber tudo o que é importante no enredo. Apenas hoje fui ler o que está escrito sobre a peça no site oficial do Teatro. Concluo: a interpretação foi brilhante, tal como eu já esperava.

O texto de Wallace Shawn é interessante. É bom no sentido de mostrar como os pensamentos se atropelam e se confundem com a febre de uma doença, cujo nome não importa. A dicotomia natural nos humanos de quererem seguir o caminho que parece mais certo, mas que não corresponde ao que a vida oferece. A estranha confusão entre querer o que nos é mais confortável e ter de quase ignorar o que se passa fora da janela. O desconforto de ter de aceitar que nada - a vida, o mundo, as histórias, nós -, nada é perfeito, mas que é assim que funciona perfeitamente.

Há tempos abordei a confusão desta fase da vida, que parece ainda mais difícil e confusa do que a adolencência. Na adolescência temos de defender apenas com argumentos um código moral rígido, onde toda a realidade se encaixa como ou certa ou errada. Agora, pomos constantemente esse código moral em causa. Estamos constantemente a comprometê-lo nos nossos actos. E faz parte! Só assim esse código moral se transforma em experiência e se torna mais do que regras. Ficamos a saber o porquê dessas regras. E é agora que temos de cometer esses erros. Mais tarde, ficar-nos-ão mal. É agora que devemos passar os sonhos da adolescência para a experiência concreta. E é suposto cometer erros. Embrace your mistakes! Embrace your youth! Que a experiência de viverem os vossos sonhos não vos assuste. Senão entram no delírio assustador no qual a personagem de Shawn entrou.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010



Take a breath, close your eyes for just a second and then read these questions.

If I died today, what would I left behind?
If I died today, who would miss me?
If I died today, who would know the real me?
If I died today, what would I loose?
If I died today, would anyone loose anything for real?
If I died today, would I care?

Some times, I feel the only reason I'm still here is stubbornness. Not mine, but one of God. 
Some times, I'm only angry, I don't understand. I don't know if it matters what I do, if I'm here or not. I don't know what is His will and most importantly I don't know if I care.
Some times, I only wish that my heart would stop beating. In that times, I only want to rest my head and stop existing.
Some times, I only care for yesterday and I cannot even think that a "tomorrow" will have to be lived. The weight of life is too heavy to be bear.
Some times, I only want to give up. And for what reason wouldn't I just do it?