quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


Minha gente boa, está na hora de abrir os olhos sobre quais são as verdadeiras intenções por detrás da imagem de marketing criada para Barack Obama. Este é o discurso que proferiu quando recebeu o Prémio Nobel da Paz. É um discurso criado para justificar a guerra e não uma promessa de paz. O discurso é bastante grande, mas recheado de pérolas de raciocínio deturpado e perverso. Aqui vai:

Suas Magestades, Suas Altezas Reais, distintos membros do Comité Norueguês do Nobel, cidadãos americanos e cidadãos do mundo.


Eu recebo esta honra com profunda gratidão e grande humildade. É um prémio que apela às nossas mais altas aspirações – que perante toda a crueldade e miséria do nosso mundo, não somos apenas prisioneiros da sorte. As nossas acções importam e podem dobrar a História na direcção da justiça.

E, no entanto, eu estaria em falta se não reconhecesse a controvérsia considerável que a vossa generosa decisão gerou. (risos) Em parte, isto acontece porque eu estou no início, e não no fim, dos meus trabalhos ao nível mundial. Em comparação com alguns gigantes da história que receberam este prémio – Schweitzer e King; Marshall e Mandela – as minhas conquistas são pequenas. E depois existem aqueles homens e mulheres, por todo o mundo, que foram presos e batidos na busca da justiça; aqueles que trabalham nas organizações humanitárias para aliviar sofrimento; os milhões desconhecidos cujos actos silenciosos de coragem e compaixão inspiram até os mais cínicos. Não posso argumentar contra os que consideram estes homens e mulheres – alguns conhecidos, alguns completamente desconhecidos de todos, menos dos que ajudaram – muito mais merecedores desta honra que eu.

Mas talvez a questão mais profunda que rodeia a minha aceitação deste prémio é o facto de eu ser o Comandante-Supremo de um exército de uma nação que está envolvida em duas guerras. (dah!!!) Uma dessas guerras está a terminar. A outra é um conflito que a América não procurou (procurou sim), na qual estamos juntos com 42 outros países – incluindo a Noruega – num esforço para nos defendermos a nós e a todas as nações de novos ataques.

Ainda assim, estamos em guerra, e eu sou responsável pela colocação de milhares de jovens americanos em batalha numa terra distante. Alguns matarão e alguns serão mortos. E assim eu venho aqui com um aguçado sentido dos custos de conflitos armados – cheio de questões difíceis acerca da relação entre guerra e paz, e o nosso esforço para repor um para o outro.

Agora estas questões não são novas. A guerra, duma forma ou de outra, apareceu com o primeiro homem. No amanhecer da história, a sua moralidade não era questionado; era simplesmente um facto, como a seca ou a doença – a forma segundo a qual as tribos e depois as civilizações buscavam poder e resolviam as suas diferenças. (Vamos justificar os nossos erros com base no comportamento básico dos homo habilis... Pensei que a evolução era suposto ser positiva)

E, ao longo do tempo, conforme os códigos de lei procuravam controlar a violência dentro dos grupos, os filósofos e clérigos e os homens de Estado tentaram regular o poder destrutivo da guerra. O conceito de “guerra justa” emergiu, sugerindo que a guerra era justificada apenas quando determinadas condições se conjugavam: se é travada como último recurso ou em auto-defesa; se a força utilizada é proporcional; e se, sempre que possível, os civis são poupados da violência. (A guerra nunca é justificada)

Claro que sabemos que, na maior parte da História, este conceito de “guerra justa” raramente foi observado. A capacidade dos seres humanos pensarem novas formas de se matarem uns aos outros provou-se inesgotável, assim como a nossa capacidade de isentar de misericórdia aqueles que se parecessem diferentes ou rezassem a um Deus diferente. Guerras entre exércitos deram lugar a guerras entre nações – guerras totais nas quais a distinção entre combatentes e civis se tornou turva. Num período de 30 anos, tal carnificina inundou este continente por duas vezes. E apesar de ser difícil conceber uma causa mais justa do que a defesa contra o Terceiro Reich e contra os poderes do Eixo, a Segunda Guerra Mundial foi um conflito cujo total de civis mortos excedeu o número de soldados perecidos.




No acordar de tanta destruição e com o advento da era nuclear, tornou-se claro tanto para vitoriosos e vencidos que o mundo precisava de instituições que prevenissem outra Guerra Mundial. E assim, um quarto de século depois do Senado dos Estados Unidos rejeitar a Liga das Nações – uma ideia pela qual Woodrow Wilson recebeu este prémio – a América levou o mundo a construir uma arquitectura que mantivesse a paz: o Plano Marshall e as Nações Unidas, mecanismos para governar os travões da guerra, tratados para proteger os direitos humanos, prevenir genocídios, restringir as armas mais perigosas.

De muitas formas, estes esforços foram bem-sucedidos. Sim, guerras terríveis foram travadas e atrocidades cometidas. Mas não houve nenhuma Terceira Guerra Mundial. (Eu diria que existe uma neste preciso momento) A Guerra Fria acabou com multidões jubilantes desmantelando um Muro. O comércio uniu a maior parte do mundo. Milhões foram retirados da pobreza. Os ideais de liberdade e auto-determinação, igualdade e o Estado de Direito foram hesitantemente avançados. Nós somos os herdeiros da força e prospecção das gerações passadas, e é uma herança da qual o meu próprio país está legitimamente orgulhoso.

E, ainda assim, uma década num novo século, esta velha arquitectura está a aguentar o peso de quatro ameaças. O mundo pode não estremecer mais com a perspectiva de guerra entre duas superpotências nucleares, mas a proliferação pode aumentar o risco de catástrofe. O terrorismo não tem uma táctica, mas a tecnologia moderna permite que alguns homens pequenos com raiva desproporcionada assassinem inocentes a uma escala horrível.

Além disso, as guerras entre nações dão cada vez mais lugar a guerras dentro de nações. O ressurgir de conflitos étnicos ou facciosos; o crescimento de movimentos separatistas, insurgências e estados falhados – todas estas coisas aprisionaram cada vez mais civis num caos interminável. Nas guerras de hoje, são mortos muitos mais civis do que soldados; as sementes de conflitos futuros estão lançadas, as economias estão arruinadas, as sociedades civis estão dilaceradas, os refugiados acumulam-se, as crianças assustadas. (Isto é Teoria da Gestão do Terror! Informem-se.)

Eu não trago uma solução definitiva para o problema da guerra. (Já deu para perceber!) O que eu sei é que o encontro destes desafios vai requerer a mesma visão, trabalho duro e persistência destas mulheres e homens que actuaram tão corajosamente décadas atrás. E irá requerer de nós que pensemos de forma nova nas noções de guerra justa e nos imperativos de uma paz justa.

Nós temos de começar a reconhecer a dura verdade: não vamos erradicar os conflitos violentos no nosso tempo. (Muito menos se não tentarmos e se continuarmos a alimentar conflitos armados) Haverão tempos em que as nações – agindo individualmente ou em conjunto – verão o uso da força não só como necessário, como moralmente justificado. (Isto é um insulto à vida de Martin Luther King Jr. e do Gandhi!)

Eu faço esta afirmação não esquecendo o que Martin Luther King Jr. disse nesta mesma cerimónia anos atrás: “A violência nunca traz paz permanente. Não resolve nenhum problema social: apenas cria novos e mais complicados.” Como alguém que aqui está, como consequência directa do trabalho de vida do Dr. King, eu sou um testemunho vivo da força moral da não-violência. Sei que não há nada de fraco – nada de passivo – nada de inocente – na crença e vidas de Gandhi e King. (Pois não!)

Mas como chefe de estado que jurou proteger e defender a minha nação, não posso guiar-me por estes exemplos apenas. (E, por isso, é que não mereces o prémio que acabaste de receber e devias tê-lo declinado.) Eu olho o mundo como ele é e não posso manter-me inactivo face a ameaças ao povo americano. Não se enganem: o Mal existe no mundo. O movimento de não-violência não poderia ter travado os exércitos de Hitler... as negociações não convenceriam os lideras da Al Qaeda a pousarem as suas armas. (O movimento não-violento de Gandhi, King e muitos outros não salvou ninguém?... Please!) Dizer que a violência pode ser necessária por vezes não é ser cínico – é o reconhecimento da historia; das imperfeições do homem e dos limites da razão.
Eu levanto esta questão, eu começo com esta questão porque em muitos países há uma profunda ambivalência acerca da acção militar hoje, não importa a causa. E, às vezes, a esta junta-se uma suspeita reflexiva na América, a única superpotência militar do mundo.

Mas o mundo tem de lembrar-se que não foram simplesmente as instituições internacionais – apenas tratados e declarações – que trouxeram estabilidade posteriormente à Segunda Guerra Mundial. Qualquer que tenham sido os erros que cometemos, a verdade é esta: os Estados Unidos da América ajudaram a garantir a segurança global por mais de seis décadas com o sangue dos nossos cidadãos e a força das nossas armas(Os EUA ganharam muito com todos os conflitos armados que alimentaram e continuam a alimentar) O serviço e o sacrifício dos nossos homens e mulheres de uniforme têm promovido a paz e a prosperidade da Alemanha e da Coreia, e permitiu que a democracia tomasse lugar em sítios como os Balcãs. Nós carregámos esse fardo não porque quiséssemos impor a nossa vontade. Nós temos feito isso tão desisteressadamente (O comentário a esta anedota está feito acima) – porque buscamos um futuro melhor para os nossos filhos e netos, e acreditamos que as vidas deles serão melhores se os filhos e netos de outros poderem viver em liberdade e prosperidade.

Por isso, sim, os instrumentos da guerra têm desempenhado um papel na preservação da paz. (Paradoxo - declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica) E, ainda assim, esta verdade coexiste com outra – que não importa o quão justificada, a guerra promete tragédia humana. A coragem e o sacrifício dos soldados é cheia de glória, expressando a devoção para com o país, a causa, os camaradas de armas. Mas a guerra em si mesma não é nunca gloriosa e nós não podemos nunca trombeteá-la como tal.

Por isso, parte deste desafio é reconciliar estas duas aparentemente irreconciliáveis verdades – que a guerra é por vezes necessária e que a guerra, até certo nível, é uma expressão de insensatez humana. Concretamente, temos de direccionar os nossos esforços para a tarefa para a qual o Presidente Kennedy apelou há muito tempo atrás. “Foquemo-nos”, disse ele, “numa paz mais prática, mais alcançável, baseada não numa revolução súbita na natureza humana, mas numa evolução gradual nas instituições humanas”. A evolução gradual das instituições humanas.

Como parecerá esta evolução? Quais serão estes passos práticos?
Para começar, acredito que todas as nações – tanto fortes como fracas – têm de aderir aos padrões que gerem o uso da força. Eu – como chefe de estado – reservo-me ao direito de unilateralmente, se necessário, defender a minha nação. Mesmo assim, eu estou convencido que aderir aos padrões, padrões internacionais, fortalece aqueles que o fizerem e isola e enfraquece os que não o fizerem. (Cuidado, meus amigos. Isto é uma ameaça directa: se não estão connosco, estão contra nós)

O mundo reagrupou-se à volta da América depois dos ataques de 11 de Setembro e continua a apoiar os nossos esforços no Afeganistão, devido ao horror daqueles ataques sem sentido e ao reconhecimento do princípio de auto-defesa. Da mesma forma, o mundo reconheceu a necessidade de confrontar Saddam Hussein quando este invadiu o Kuwait – um consenso que enviou uma mensagem para todos acerca dos custos da agressão. (Mais uma vez, ameaça directa no meio de um discurso que deveria ser acerca daquilo que este senhor deveria ter feito para o merecer o prémio)

Além disso, a América – na verdade, nenhuma nação – pode insistir que outros sigam as regras, se se recusar a segui-las também. Porque quando não as seguimos, as nossas acções parecem arbitrárias e diminuem a legitimidade de intervenções futuras, não importa o quão justificadas sejam. (Exacto, amigo. Quando os EUA decidiram invadir outro país sem razão para isso e sem o aval das Nações Unidas, como tu defendes que deve ser feito, foi exactamente isso que fizeram: perderam toda a legitimidade e perdem-na a cada dia que prolongam ao manterem-se lá. Capisce?)

E isto torna-se particularmente importante quando o objectivo da acção militar se extende para além da auto-defesa ou defesa de uma nação contra o seu agressor. (Lá está!) Mais e mais, somos todos confrontados com questões difíceis acerca de como prevenir a matança de civis pelo seu próprio governo, ou como parar uma guerra civil cuja violência e sofrimento podem submergir uma região inteira.

Eu acredito que é mais custosa uma intervenção tardia. É por isso que todas as nações responsáveis devem aceitar que os militares, com um mandato claro, podem desempenhar para manter a paz. (Têm, coisíssima nenhuma! Eu não aceito e quem for realmente pela paz também não aceita!)

O compromisso da América para com a segurança global nunca vacila. Mas num mundo no qual as ameaças são mais difusas e as missões mais complexas, a América não pode agir sozinha. A América não pode assegurar a paz sozinha. Isto é verdade no Afeganistão. Isto é verdade em estados falhados como a Somália, onde o terrorismo e a pirataria se juntam à fome e ao sofrimento humano. E, infelizmente, continuará a ser verdade em regiões instáveis durante os anos que vêem.

Os líderes e os soldados dos países da NATO e outros amigos e aliados demonstram esta verdade através da capacidade e coragem que mostram no Afeganistão. Mas em muitos países há um desligamento entre os esforços daqueles que servem e a ambivalência do público mais amplo. Eu entendo porque é que a guerra não é popular, mas eu também sei isto: a crença de que a paz é desejável raramente é suficiente para a alcançar. (Mais um insulto à vida e trabalho dos verdadeiros homens de paz) A paz requer responsabilidade. A paz implica sacrifício. É por isso que a NATO continua a ser indispensável. É por isso que temos de fortalecer a ONU e a manutenção da paz regional e não deixar a tarefa para alguns países. É por isso que honramos aqueles que voltam a casa da manutenção da paz e treino no exterior para Oslo e Roma; para Ottawa e Sydney, para Dhaka e Kigali – nós honramo-los, não como “fazedores” de guerra, mas como apostas de paz.

Deixem-me colocar um ponto final acerca do uso da força. Mesmo quando tomamos decisões difíceis sobre ir para a guerra, temos de pensar claramente também acerca do porquê de estarmos a ir. O Comité do Nobel reconheceu esta verdade ao adjucar o seu primeiro prémio a Henry Dunant – o fundador da Cruz Vermelha e uma força conductora por trás das Convenções de Genebra. (O trabalho deste senhor nada tem a ver com o que tu estás a fazer. Não o insultes!)

Onde a força é necessária, nós temos o dever moral e o interesse estratégico em obrigar-nos a certas regras de conduta. (Atenção à mensagem subetendida, mas clara!) E mesmo quando confrontamos um adversário imoral, que não respeita regras nenhumas, eu acredito que os Estados Unidos da América têm de manter-se um portador de padrões na conduta da guerra. Isto é o que nos faz diferentes daqueles com quem lutamos. Isso é a fonte da nossa força. Foi por isso que eu proibi a tortura. (E eu a pensar que a tortura estava proibida desde Genebra!) Foi por isso que eu ordenei que a prisão da Baía de Guantanamo fosse fechada. (Essa prisão continua aberta e a funcionar, graças às tuas ordens! Mentiroso!) E foi por isso que eu reafirmei o compromisso da América de respeitar as Convenções de Genebra. Nós perdemo-nos a nós próprios que comprometemos os vários ideais pelos quais lutamos por defender. E nós honramos – nós honramos esses ideais através da sua defesa, não quando é fácil, mas quando é difícil.

Eu falei até certo ponto da questão que deve ser pesada na nossa mente e nos nossos corações quando decidimos se vamos para a guerra. Mas deixem-me agora voltar os nossos esforços para evitar escolhas tão trágicas e falar de três formas pelas quais podemos construir uma paz justa e duradoura.

Primeiro, ao lidar com tais nações que quebram as regras e leis, eu acredito que temos de desenvolver alternativas à violência que sejam firmes o suficiente para mudar efectivamente o comportamento – porque se queremos uma paz duradoura, então as palavras da comunidade internacional têm de significar alguma coisa. Os regimes que quebram as regras têm ser responsabilizados. As sanções têm de exigir um preço real. A intransigência tem de encontrar cada vez mais pressão – e tal pressão existe apenas quando o mundo se ergue como um. (Mais uma ameaça para quem não está de acordo com a "maioria" do Obama)




Um exemplo urgente é o esforço para prevenir a propagação das armas nucleares e para buscar um mundo sem elas. Em meados do século passado, as nações concordaram em unir-se num tratado cujo retorno é claro: todos terão acesso a poder nuclear pacífico; aqueles que não tiverem armas nucleares vão renunciar a elas; e aqueles com armas nucleares vão trabalhar para as desmantelar. Eu estou comprometido em defender este tratado. (Quando é que as armas nucleares americanas foram desmanteladas? Ah, espera, não foram. Hipócrita!) Esta é a peça-chave da minha política externa. E estou a trabalhar com o Presidente Medvedev para reduzir os stocks nucleares da América e da Rússia. (Mentira!)

Mas compete a todos nós insistir que as nações como o Irão e a Coreia do Norte não joguem com o sistema. Aqueles que afirmam respeitar as leis internacionais não podem evitar olhar quando aquelas leis são desresspeitadas. Aqueles que se preocupam com a sua própria segurança não podem ignorar o perigo de uma corrida às armas no Médio Oriente ou na Ásia Oriental. Aqueles que procuram a paz não podem ficar de braços cruzados quando nações se armam a si próprias para uma guerra nuclear.

O mesmo princípio aplica-se àqueles que violam as leis internacionais ao brutalizarem o seu próprio povo. Quando há um genocídio no Darfur, violações sistemáticas no Congo, repressão na Birmânia – têm de haver consequências. Sim, haverá compromisso: sim, haverá diplomacia – mas têm de acontecer consequências quando estes falham. E quanto mais unidos estivermos, menos propavelmente teremos de enfrentar a escolha entre intervenção armada e cumplicidade na opressão.

Isto traz-me a um segundo ponto – a natureza da paz que buscamos. Porque paz não é meramente a ausência de conflito visível. Apenas uma paz justa baseada nos direitos e dignidade inerente de todos os indivíduos pode ser de facto duradoura.

Foi este discernimento que conduziu os escritores da Declaração Universal dos Direitos Humanos depois da Segunda Guerra Mundial. No acordar da devastação, eles reconheceram que se os direitos humanmos não fossem protegidos, a paz seria uma promessa vazia. (É, não é? É por isso que temos de protegê-los direitinho, como por exemplo, o direito à vida - independentemente da doença de que sofremos ou do mal que fizemos - e o direito à propriedade - independentemente dos projectos que os governos, locais ou centrais, possam ter para aquilo que é nosso. Right?)

E, ainda assim, muitas vezes, estas palavras são ignoradas. (Lá está!) Para alguns países, o falhanço em defender os direitos humanos é desculpado pela falsa sugestão que estes são de alguma forma princípios ocidentais, externos ao desenvolvimento da cultura ou estado locais de uma nação. E dentro da América, existe alguma tensão entre aqueles que se descrevem como realistas ou idealistas – uma tensão que sugere uma escolha fime entre apenas a procura de interesses ou uma campanha sem fim para impor os nossos valores no mundo. (E não é o que se faz quando se desembarca num país que não é o nosso para impor uma "democracia"? Porque a achamos mais correcta? Pois...)

Eu rejeito estas escolhas. Eu acredito que a paz é instável onde os direitos de liberdade de expressão ou de credo são negados aos cidadãos; escolher os seus líderes futuros ou reunir-se sem medo. Reprimir queixas de podridão e a supressão de identidade tribal ou religiosa pode conduzir a violência. Sabemos também que o oposto é verdade. Apenas quando a Europa se tornou livre é que finalmente encontrou paz. A América nunca lutou uma guerra contra a democracia e os nossos amigos mais próximos são governos que protegem os direitos dos seus cidadãos. Não importa quão insensivelmente definidos, nem os interesses da América – nem os do mundo – são alcançados pela negação das aspirações humanas.

Entao, mesmo respeitando a cultura e as tradições únicas de diferentes países, a América será sempre uma voz para as aspirações que são universais. (O problema das aspirações universais é que se sobrepõem, por definição, às aspirações individuais dequem têm de levar com elas.) Nós testemunharemos a dignidade tranquila de reformistas como Aung Sang Suu Kyi; a bravura dos Zimbabweanos que votam enfrentando espancamentos; a marcha silenciosa de centenas de milhares pelas ruas do Irão. É notável que os líderes destes governos temem as aspirações do seu próprio povo mais do que o poder de outra qualquer nação. (Eu explico-te: a acção não-violenta é muito mais poderosa do que a armada. E é isso que ainda não aprendeste e é por isso que não mereces esse prémio) E é responsabilidade de todos os povos e nações livres tornar claro a estes movimentos – estes movimentos de esperança e história – que nos têm do seu lado.

Deixem-me também dizer isto: a promoção dos direitos humanos não pode limitar-se apenas a exortação. Às vezes, tem de ser conjugado com trabalho diplomático. Eu sei que relacionamentos com regimes repressivos não têm a satisfação pura da indignação. Mas eu também sei que essas sanções sem incentivos – condenação sem discussão – pode acarretar apenas um status quo deficiente. Nenhum regime repressivo pode demover um novo caminho a menos que tenha uma porta aberta como escolha. (O teu discurso faz ameaças. Não oferece nenhuma porta que não tenha o conflito armado por trás. Hipócrita e mentiroso!)

Tendo em conta os horrores da Revolução Cultural, o encontro de Nixon com Mao aparentou indesculpável – e, ainda assim, ajudou a colocar a China no caminho através do qual milhões dos seus cidadãos saíram da pobreza e se conectaram com sociedades abertas. (A China é um dos países que despreza todos os dias os direitos humanos dos seus cidadãos, que invadiu territórios que não eram seus e que massacrou e massacra populações inteiras. A China é apoiada por ti, seu hipócrita!) A ligação do Papa João Paulo com a Polónia abriu espaço não apenas para a Igreja Católica, mas também para os líderes trabalhistas como Lech Walesa. Os esforços de Ronald Reagen no controlo das armas e na aceitação da perestroika, não só melhorou as relações com a União Soviética, como empoderou dissidentes por toda a Europa de Leste. Não existe aqui uma fórmula simples. Mas temos de tentar o melhor que conseguirmos balancear isolamento e ligação, pressão e incentivos, para que os direitos e a dignidade humana avancem no tempo.

Terceiro, uma paz justa inclui não apenas direitos civis e políticos – tem de abarcar segurança e oportunidade económica. Porque a verdadeira paz não é só liberdade de medo, mas liberdade de querer.

É incontestavelmente verdade que esse desenvolvimento raramente acontece sem segurança, é também verdade que a segurança não existe onde seres humanos não têm acesso a comida suficiente ou água potável, ou medicina ou abrigo de que necessitam para sobreviver. Não existe onde as crianças não podem aspirar a uma educação decente ou a um trabalho que suporte a sua família. A ausência de esperança pode apodrecer uma sociedade a partir de dentro. (Isto é, de facto, incontestável. Mas não serve é de motivo para impor terror no mundo com teorias de Aquecimentos Globais e Gripes de todas as letras, entre outras coisas que a corja como tu inventa)

E é por isso que ajudar os agricultores a alimentar o seu proprio povo – ou naçoes educarem as suas crianças e cuidarem dos seus doentes – não é mera caridade. É também o porquê do mundo ter de se unir para confrontar a mudança climática. (Já tinha adivinhado isto, certo?) Há pouca disputa científica acerca de, se não fizermos nada, vamos enfrentar mais seca, mais fome, mais deslocamentos em massa (Por acaso, não há concenso acerca disso. Mentiroso!) – tudo o que despoletará mais conflitos por décadas. Por esta razão, não são apenas os cientistas e os activistas ambientais que pedem uma acção rápida e forte – são os líderes militares do meu próprio país e doutros que compreendem que é a nossa segurança comum que está em causa. (Há aqui uma ressalva a fazer. Antes de mais, os activistas ambientais que estão a ser apoiados com esta onda de terror face às alterações climáticas, interpretadas de forma desproporcionada e sem respeito pela perfeição da Natureza, são radicais inconsequentes e sem respeito por ninguém. Depois, este discurso, daqui a algum tempo, vai conduzir a um que legitimará o extermínio de milhões de bebés, com vista a "preservar o futuro dos que já nasceram". O discurso já existe, mas ainda não foi difundido em massa. Consultem as novas ideias da ONU e tomem cuidado.)

Acordos entre naçoes. Instituições fortes. Apoio para os direitos humanos. Investimentos em desenvolvimento. Todos estes são ingredientes vitais para fazer acontecer a evolução de que o Presidente Kennedy falou. E, ainda assim, eu não acredito que temos a vontade, a determinação, o poder de ficar, de completar este trabalho sem algo mais – e isso é a expansão contínua da nossa imaginação moral; uma insistência de que há algo irredutível que todos partilhamos. (O que tu tens de aceitar é que as pessoas não são todas iguais e que não têm de concordar contigo e que a única coisa que podes fazer, quando as pessoas discordam de ti, é resignar-te à tua posição de igualdade perante os outros. Isto é o que tu não consegues fazer e que faz com que tu não mereças esse prémio.)

Enquanto o mundo fica menor, vocês podem pensar que seria mais fácil para os seres humanos reconhecer o quão similares somos; entender que estamos todos basicamente à procura das mesmas coisas; que todos esperamos pela oportunidade de viver a nossa vida com alguma felicidade e satisfação para nós e para as nossas famílias. (Nem todos. Já tinha dito.)

E, no entanto, dado o ritmo vertiginoso na globalização, o nível cultural da modernidade, talvez não seja surpresa que as pessoas temam a perda daquilo que apreciam na sua identidade particular – a sua raça, a sua tribo e, talvez mais poderosa, a sua religião. Em alguns lugares, este medo levou a conflitos. Às vezes, até parece que estamos a andar para trás. Nós vemo-lo no Médio Oriente, no endurecimento do conflito entre Árabes e Judeus. Nós vemo-lo dentro de nações que são atormentados pelas linhas tribais. (Repararam como ele mistura assuntos? Antes de mais, faz todo o sentido que as pessoas queiram preservar a sua individualidade pessoal e cultural, quando pessoas como tu lha querem roubar dissimuladamente. Depois, o conflito Israelo-Árabe foi provocado com o incentivo do teu país e continua a ser alimentado por ele. As tribos sempre deram um jeito de se entenderem sem a tua ajuda. Deixa-as na sua paz.)

E mais perigososamente, nós vemo-lo na forma como a religião é usada como justificação para o assassínio de inocentes por aqueles que têm distorcido e contaminado a grande religião do Islão e por aqueles que têm atacado o meu país a partir do Afeganistão. Estes extremistas não são os primeiros a matar em nome de Deus; a crueldade das Cruzadas é amplamente recordada. Mas eles lembram-nos que nenhuma Guerra Sagrada pode ser alguma vez uma guerra justa. Porque se realmente acreditarem que estão a realizar a vontade divina, então não há necessidade de constrangimento – nenhuma necessidade de poupar as mães grávidas, ou os médicos, ou os trabalhadores da Cruz Vermelha, ou mesmo uma pessoa da própria fé. Tal visão deformada da religião não é apenas incompatível com o conceito de paz, mas eu acredito que é incompatível com todos os propósitos da fé – porque se há regra que está no seio de qualquer grande religião é a de que devemos fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem a nós. (E, por isso, devemos preservar-nos no caminho da paz e não no da guerra, filho!)

Aderir a esta lei de amor sempre foi a luta nuclear da natureza humana. Porque somos falíveis. Nós cometemos erros e somos vítimas das tentações do orgulho e do poder e, às vezes, do mal. (E tu és a prova viva disso.) Mesmo os que entre nós têm as melhores intenções não vão conseguir corrigir os males antes de nós. (Sem dúvida, uma afirmação digna da tua arrogância. E falsa.)

Mas nós não temos de pensar que a natureza humana é perfeita para acreditamos que a condição humana pode ser, ainda assim, perfeita. Nós não temos de viver num mundo ideal para alcançar os ideais que o tornariam um lugar melhor. A prática da não-violência, realizada por homens como Gandhi e King, pode não ter sido prática ou possível em todas as circunstâncias (Seria se não houvessem homens preversos e pobres de espírito como tu!), mas o amor que eles pregaram – a sua fé fundamental no progresso humano – isso deve continuar a ser a Estrela Polar que nos guia na nossa caminhada.

Porque se perdemos essa fé – se a descartamos como pateta ou inocente; se a separamos das decisões que tomamos em questões de guerra e paz – então perdemos o melhor da humanidade. Perdemos a nossa noção de possibilidade. Perdemos o nosso compasso moral.

Como as gerações antes de nós, nós temos de rejeitar esse futuro. Como o Dr. King disse, nesta ocasião há tantos anos atrás, “Eu recuso-me a aceitar o desespero como a resposta final para a ambiguidade da história. Eu recuso-me a aceitar a ideia de que o 'sentido de ser' da condição presente do homem o fazem moralmente incapaz de alcançar o eterno 'sentido de dever' que para sempre o confronta.” (E é exactamente por causa disso que ninguém, nem mesmo tu, tem o poder de impor as suas ideias a ninguém, nem de espalhar o terror através de invenções megalómanas para que as pessoas só te vejam a ti como fuga aos males que tu próprio inventaste.)

Vamos tentar atingir o mundo que deveria ser – que faísca do divino que ainda se agita dentro de cada uma das nossas almas. (Aplausos) (Frase bonita, mas vazia de sentido. Só os patetas cegos é que não vêem.)

Algures hoje, uma mãe enfrentando uma pobreza castigadora ainda tira tempo para ensinar os seus filhos, junta as poucas moedas que tem para o mandar para a escola – porque ela acredita que o mundo cruel tem um lugar para os sonhos daquela criança. (Não é assim tão admirável, se tiveres em conta que essa é a sua obrigação. Admirável é a tua imbecilidade face à sua atitude natural.)

Vamos tentar viver pelos seus exemplos. Nós podemos reconhecer que a opressão estará sempre connosco e, ainda assim, lutar por justiça. Nós podemos admitir a irrascibilidade da depravação e, ainda assim, lutar pela dignidade. Atenção, nós podemos entender que haverá guerra e, ainda assim, lutar pela paz. (Não. Nós só lutaremos e esperaremos na paz, se acreditarmos que haverá futuro sem guerra e sem homens como tu.) Nós podemos fazer isso – pois essa é a história do progresso humano; essa é a esperança de todo o mundo; e, neste momento de desafio, isso tem de ser o nosso trabalho aqui na Terra. Muito obrigado. (Aplausos)

Eu não adivinho o futuro e, por isso, não sei se este homem (se alterar a sua visão do mundo e o seu método de governação, e se se limitar apenas à governação do seu país, que foi para o que foi votado) não virá a merecer o prémio que já recebeu. O que sei é que ele não o merece, tal como não merece ninguém que pense como ele pensa, que olhe o mundo e não respeite as diferenças de cada um, a liberdade de cada um em viver em opressão. Porque eu discordo da forma como a China é governada, mas ainda assim não concordo que não seja o povo chinês a rebeliar-se contra isso. Apenas o povo chinês tem a legitimidade e a responsabilidade de fazer valer os seus ideais, sejam eles quais forem.

A governação do mundo é um conceito que põe em causa a individualidade pessoal e cultural de cada um de nós, porque é a imposição inerente de conceitos gerais a nações independentes. O governo mundial, que este senhor defende, não pode ser eleito, por constrangimentos lógicos. Por isso, ele e a sua corja defendem que existe uma elite mundial que deve ter acesso a esse governo e ninguém mais. Isto é um atentado à liberdade de cada um!

O bem comum é algo que não existe, porque o bem e o mal são valores que variam de cultura para cultura e não devem ser impostos. Isso é que causará conflitos e repressão. Abram os olhos para o que se passa no vosso mundo, porque daqui a uns anos, quando estivermos num contexto assustadoramente semelhante ao pós-Segunda Guerra Munial, toda a gente se vai emiscuir da responsabilidade do que irá acontecer. Porque este senhor defende a eugenia (que o Hitler também defendeu e aplicou); defende um bem comum que não respeitará a dignidade individual de cada um; defende que faz parte de uma elite que não incluí nem 1% da população mundial, que inclui políticos mal-intencionados e irão defender interesses pessoais. Pessoas como José Eduardo dos Santos, que não têm vergonha nenhuma em fazer de um país mal-tratado o seu quintal e do seu povo os seus serviçais. Pessoas como Hu Jintao, que governam um país com recurso ao desrespeito da liberdade religiosa e de independência de povos tão pacíficos como o Tibetano. Pessoas que não se importam de passar por cima de ti e de mim para conseguirem o que querem, para as quais não somos sequer peões. É preciso começar-se a pensar nisto.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


Segundo a perspectiva de Paul Bates (1995), entre os 23 e os 35 anos, um jovem adulto deve optar por um companheiro de vida, iniciar uma família, gerir um lar e iniciar uma carreira profissional. Erikson defendeu que aproximadamente entre os 18 e os 35 anos, o indivíduo tem de resolver-se no conflito entre a intimidade e o isolamento. Eu devo dizer que, na minha opinião, this sucks. Já não é mau o suficiente ter de se admitir que não é possível ser plenamente feliz sem se estar numa relação com outra pessoa, ainda temos de procurar alguém que se meta numa cena dessa connosco? Quem é que, no seu juízo perfeito, se mete numa relação com outra pessoa? Ter de descobrir os seus podres e aceitá-los. Ter de lidar com os maus dias e os erros. Não há ninguém neste mundo que o queira efectivamente fazer. Mas é uma necessidade que temos de satisfazer para nos realizarmos.

Quando nos damos conta, estamos a sentir-nos velhos e gastos, ainda nos vinte. Ficamos com aquele olhar vazio, perdido no tempo e nas histórias que fomos acumulando. E, no final, o que retiramos? Qual foi a lição tão fundamental que retirámos de cada romance, de cada vez que partímos o coração, de cada tampa com que levámos ou que demos? É estúpido!

Depois de tantas lágrimas choradas e de tantas peripécias, ficamos imunes. Endurecemos cá dentro. Já nada nos afecta. Simplesmente, resignamo-nos ao que poderá ser a vontade do desconhecido. Não reagimos, não queremos saber. Simplesmente, esperamos. Esperamos pela hora certa, pela pessoa certa, pelo lugar certo, pelo mais certo de entre as demasiadas certezas que vamos tendo.

Não ajuda olhar à volta e ver as pessoas 20 anos mais velhas casadas, felizes e certas. Não ajuda, porque nos começamos a perguntar "Quando raio vou ter a certeza do certo? Quando é que vai ser a minha vez?" Não ajuda, porque é possível ser feliz, é possível ter essa certeza e nós não a temos. Não ajuda, porque nem sequer temos a certeza que, um dia, vamos ter essa certeza! O que nos resta? Esperar? Grrrrrrrrrrrrr

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009



Eu sei que ainda falta algum tempo para o Natal e que este não tem a ver com prendas. Mas no Natal oferecem-se prendas e eu não sou muito boa a receber prendas das quais não gosto. Quem me conhece sabe que eu não gosto de surpresas, por isso aqui vai uma lista daquilo que me atrai hoje em dia. Isto não quer dizer que eu esteja à espera seja do que for, mas pode guiar quem fizer mesmo questão de me dar alguma coisa.


Chocolates - Nunca vai estar fora de moda e sabe sempre bem, mas nada de licores.


Écharpes - Gosto. Gosto de cores e de feitios, mas com moderação e sem esquisitices.


Relógios - Sim, mas nada de exageros. Gosto deles simples e leves.


Bijuteria - É complicado agradar-me. Gosto de brincos grandes e nada de argolas. Não gosto de anéis. É mais fácil acertar com colares.


Roupa - Não aconselho a irem por aí, mas se tem mesmo de ser, eu gosto das coisas simples: cores unicas, tecidos orgânicos e suaves e sem extravagâncias. Não tentem adivinhar as minhas medidas. Se quiserem sabê-las, perguntem-mas.

Livros - É difícil acertar. Mas qualquer tentativa é digna. Afinal estamos a falar de livros...

Bonecada - Não obrigada. Ocupam espaço; já tenho suficiente; mesmo quando me quero ver livre de tudo, não tenho coragem de o fazer.

Música - Não se atrevam a menos que me conheçam bem.

Electrónica - Aceito tudo. :P Mp3, ferros de alisamento (de cabelo), telemóveis, pen's, discos externos, ratos, máquinas fotográficas. Whatever! Eu não deito fora e não desperdiço. hehehehe

Para o Ruivo - Tudo o que oferecerem ao Ruivo é um presente a dobrar para mim. Tenham é atenção ao bom gosto, se faz favor.

Under construction...