terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tu que, no passado, me serviste para ser algo no qual não me reconheço. Tu que me tornaste possível fazer o que me fez sentir menor ou pior. Tu que foste veículo de erro. Não me serves de nada no presente. Tu que és fantasma. Tu que te resumes a espectro do que preferia nunca recordar. Tu que não me deste nada que pudesse ser tesouro. Tu, cuja existência apenas me traz dor, pena, remorso. Não te quero mais. Liberto-te de todo o rancor, de toda a dor que me possas ter causado. Liberto-te de mim.

Não preciso de sonhos e de pesadelos, quando tenho uma visão. Não preciso de falsas pretensões, quando tenho a certeza de uma ambição. Tenho a ambição de ser o máximo, o melhor e o mais belo de mim. Tu apenas me lembras do que me sujou. Largo-te da minha vida.

Não esquecerei, mas não mais te lembrarei. Não te vou ignorar, mas não mais te procurarei. Serás apenas um quadro na parede, dos que estão no escuro escondidos para que ninguém se assuste com o que trouxeste contigo. Serás apenas uma cicatriz para que me lembre que não pertences na minha vida.

És indiferente. Morreste e este é o teu enterro.

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