Hoje fui ver uma peça de teatro: "Última Hora" do Xcto, o grupo de teatro que reside na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), o local onde eu estudo.
"Uma mulher sequestra um grupo de actores no final de um espectáculo. O que estes actores têm que descobrir estará na base de todo o enredo. Os actores têm uma hora para descobrir o que a sequestradora quer, se no fim desta hora eles não forem capazes de descobrir, morrem. As emoções entram em conflito e todas as dimensões da vida são questionadas."
Sei que pela sinopse não dá para perceber ao certo, mas o cerne de toda a reflexão é a existência de Deus. Uma mulher, que é supostamente esquizofrénica, perseguidora, assassina, é a que levanta o manto sobre questões tão simples como a importância de cada dia na nossa vida, o real valor do que fazemos e a necessidade de nos deixarmos de segredos e encararmos a nossa vida de frente. No final, fica um sorriso na cara e a dúvida na mente.
Texto e encenação de Lara Morgado, interpretações (umas melhores que outras) de Ana Guinea, Carolina Mendes, Isabel Amorim, Gisela Borges, Miguel Martinho, Raquel Marques, Sara Silva, Sofia Cavadas e Tiago Neves, com design gráfico de Alexandre Rola.
Eu até o aconselharia se não tivesse sido esta a sua última exibição prevista. E pena tenho ao dizer que pouca assistência teve e muito fraca aderência da comunidade académica da FPCEUP. E, por isso, tenho mesmo de criticar todos os alunos e professores desta minha segunda casa, incluindo-me a mim mesma. Pouco nos interessamos pelo que se passa de cultural e extracurricular na nossa faculdade. Aparte de todos afazeres que sei que todos têm, também tenho a certeza que nada perderiam em aparecer mais vezes e ficar a conhecer um pouco mais do mundo e do trabalho que se desenvolve ali mesmo ao lado.
Fica o pensamento.