Os dias vêm e os dias vão numa incessante troca de dias em que perdemos a noção de nós.
A vida passa e não há momento para parar e pensar um pouco. O que fiz? O que isso significa, na minha vida e na vida dos outros? O que vou fazer a seguir? Todas estas questões vão ficando sem respostas.
E há um dia em que se teima contra a vida e se pára e é o caos. Damo-nos conta de tudo: o que somos, o que fazemos e o que queremos. Este processo demora mais que um dia. Podia demorar uma outra vida. Mas é necessário, especialmente quando algo de verdadeiramente marcante sucede.
Muitas vezes, é precisa uma reconstrução da percepção da pessoa sobre si própria, da percepção dos outros sobre si, dos projectos de vida, e da forma de actuar perante ela. Nos meandros, desse processo podemos descobrir coisas sobre nós mesmos que nos assustam ou que nos surpreendem. É natural que se precise de um pouco de tempo para nos auto-analisarmos e compreendermos. É natural que fiquemos desiludidos e tristes. Como a avestruz, a vontade é enfiar a cabeça debaixo de areia e ali ficar até tudo fazer sentido de novo.
A vida passa e não há momento para parar e pensar um pouco. O que fiz? O que isso significa, na minha vida e na vida dos outros? O que vou fazer a seguir? Todas estas questões vão ficando sem respostas.
E há um dia em que se teima contra a vida e se pára e é o caos. Damo-nos conta de tudo: o que somos, o que fazemos e o que queremos. Este processo demora mais que um dia. Podia demorar uma outra vida. Mas é necessário, especialmente quando algo de verdadeiramente marcante sucede.
Muitas vezes, é precisa uma reconstrução da percepção da pessoa sobre si própria, da percepção dos outros sobre si, dos projectos de vida, e da forma de actuar perante ela. Nos meandros, desse processo podemos descobrir coisas sobre nós mesmos que nos assustam ou que nos surpreendem. É natural que se precise de um pouco de tempo para nos auto-analisarmos e compreendermos. É natural que fiquemos desiludidos e tristes. Como a avestruz, a vontade é enfiar a cabeça debaixo de areia e ali ficar até tudo fazer sentido de novo.
Ainda assim, trabalhamos, estudamos, socializamos e vamos, aos poucos, mudando tudo em nós e no que os outros vêem em nós. Vamos ficando pessoas mais sérias, menos alegres, muito mais conscientes do que fazemos e dizemos e mais distantes.
Não sei se todos passam por isso. Não sei se todos reagem igual. Sei que vejo muitas pessoas, como eu, que de repente mudam e ficam como descrevi. Não sei se mudam para melhor. Talvez com o tempo passe. Talvez com o tempo voltem a ser parte do que eram. Ou talvez o finjam, por opção, para não serem incomodados ou notados. Sei que é importante passarmos por este processo, de vez em quando. Talvez seja tão importante, como as cobras mudarem de pele ou as andorinhas regressarem todas as Primaveras.
Não sei se todos passam por isso. Não sei se todos reagem igual. Sei que vejo muitas pessoas, como eu, que de repente mudam e ficam como descrevi. Não sei se mudam para melhor. Talvez com o tempo passe. Talvez com o tempo voltem a ser parte do que eram. Ou talvez o finjam, por opção, para não serem incomodados ou notados. Sei que é importante passarmos por este processo, de vez em quando. Talvez seja tão importante, como as cobras mudarem de pele ou as andorinhas regressarem todas as Primaveras.
"Muitas vezes, é precisa uma reconstrução da percepção da pessoa sobre si própria, da percepção dos outros sobre si, dos projectos de vida, e da forma de actuar perante ela." - Eu, na minha vida pessoal faço este processo com muita regularidade, tal como as actualizações do computador. Assim, permite-me gradualmente adaptar-me ao mundo (ir)real. É mais fácil para mim fazê-lo com a regularidade que faço. Mas, como é óbvio, qualquer decisão tem prós e contras.
ResponderEliminar"Ainda assim, trabalhamos, estudamos, socializamos e vamos, aos poucos, mudando tudo em nós e no que os outros vêem em nós. Vamos ficando pessoas mais sérias, menos alegres, muito mais conscientes do que fazemos e dizemos e mais distantes." - É um facto que nos tornamos estes seres isolados e distantes, diria mesmo à margem da sociedade (ou a caminhar para). Mas isso é um sinal de maturação psicológica, crescimento,... se leva para caminhos longínquos da "felicidade" isso já depende da forma como tu encaras a nova forma de estar, sentir e pensar... é necessário acompanharmos estas mudanças, senão caímos o risco de ficar presos ao passado (ao que fomos)!
Mas a loucura da vida é só conseguirmos reconhecer o que fazemos no presente, bem lá no futuro! Se conseguirmos chegar lá é porque conseguimos encarar a nova forma de vida, mas não compreendê-la e aceitá-la como é óbvio!
Fui claro?
TSB