quarta-feira, 30 de abril de 2008

Coisas interessantes

Hoje fui ver uma peça de teatro: "Última Hora" do Xcto, o grupo de teatro que reside na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), o local onde eu estudo.
"Uma mulher sequestra um grupo de actores no final de um espectáculo. O que estes actores têm que descobrir estará na base de todo o enredo. Os actores têm uma hora para descobrir o que a sequestradora quer, se no fim desta hora eles não forem capazes de descobrir, morrem. As emoções entram em conflito e todas as dimensões da vida são questionadas."
Sei que pela sinopse não dá para perceber ao certo, mas o cerne de toda a reflexão é a existência de Deus. Uma mulher, que é supostamente esquizofrénica, perseguidora, assassina, é a que levanta o manto sobre questões tão simples como a importância de cada dia na nossa vida, o real valor do que fazemos e a necessidade de nos deixarmos de segredos e encararmos a nossa vida de frente. No final, fica um sorriso na cara e a dúvida na mente.
Texto e encenação de Lara Morgado, interpretações (umas melhores que outras) de Ana Guinea, Carolina Mendes, Isabel Amorim, Gisela Borges, Miguel Martinho, Raquel Marques, Sara Silva, Sofia Cavadas e Tiago Neves, com design gráfico de Alexandre Rola.
Eu até o aconselharia se não tivesse sido esta a sua última exibição prevista. E pena tenho ao dizer que pouca assistência teve e muito fraca aderência da comunidade académica da FPCEUP. E, por isso, tenho mesmo de criticar todos os alunos e professores desta minha segunda casa, incluindo-me a mim mesma. Pouco nos interessamos pelo que se passa de cultural e extracurricular na nossa faculdade. Aparte de todos afazeres que sei que todos têm, também tenho a certeza que nada perderiam em aparecer mais vezes e ficar a conhecer um pouco mais do mundo e do trabalho que se desenvolve ali mesmo ao lado.

Fica o pensamento.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Coisas para pensar


Os dias vêm e os dias vão numa incessante troca de dias em que perdemos a noção de nós.
A vida passa e não há momento para parar e pensar um pouco. O que fiz? O que isso significa, na minha vida e na vida dos outros? O que vou fazer a seguir? Todas estas questões vão ficando sem respostas.

E há um dia em que se teima contra a vida e se pára e é o caos. Damo-nos conta de tudo: o que somos, o que fazemos e o que queremos. Este processo demora mais que um dia. Podia demorar uma outra vida. Mas é necessário, especialmente quando algo de verdadeiramente marcante sucede.

Muitas vezes, é precisa uma reconstrução da percepção da pessoa sobre si própria, da percepção dos outros sobre si, dos projectos de vida, e da forma de actuar perante ela. Nos meandros, desse processo podemos descobrir coisas sobre nós mesmos que nos assustam ou que nos surpreendem. É natural que se precise de um pouco de tempo para nos auto-analisarmos e compreendermos. É natural que fiquemos desiludidos e tristes. Como a avestruz, a vontade é enfiar a cabeça debaixo de areia e ali ficar até tudo fazer sentido de novo.


Ainda assim, trabalhamos, estudamos, socializamos e vamos, aos poucos, mudando tudo em nós e no que os outros vêem em nós. Vamos ficando pessoas mais sérias, menos alegres, muito mais conscientes do que fazemos e dizemos e mais distantes.

Não sei se todos passam por isso. Não sei se todos reagem igual. Sei que vejo muitas pessoas, como eu, que de repente mudam e ficam como descrevi. Não sei se mudam para melhor. Talvez com o tempo passe. Talvez com o tempo voltem a ser parte do que eram. Ou talvez o finjam, por opção, para não serem incomodados ou notados. Sei que é importante passarmos por este processo, de vez em quando. Talvez seja tão importante, como as cobras mudarem de pele ou as andorinhas regressarem todas as Primaveras.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Coisas de Erasmus




Esqueci-me de vir cá dar-vos a notícia. Já está feita a candidatura formal de Erasmus que será enviada para Berlim. Foi muito difícil conseguir orquestrar tudo para que fosse construído um plano de estudos em condições, mas graças à ajuda preciosa do Miguel Andrade (que by the way, me tem também ensinado alemão), das senhoras do SPAM (Serviço de Projectos e Apoio à Mobilidade) e da Prof. Dra. Filomena Jordão está finalizado e acho que até está muito bem.
Agora só me resta aguardar que digam alguma coisa de Berlim a validar ou não a candidatura.
Está dada a notícia. Continuo à espera da partilha de experiências de Erasmus, que nunca chegaram a vir...