segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


Segundo a perspectiva de Paul Bates (1995), entre os 23 e os 35 anos, um jovem adulto deve optar por um companheiro de vida, iniciar uma família, gerir um lar e iniciar uma carreira profissional. Erikson defendeu que aproximadamente entre os 18 e os 35 anos, o indivíduo tem de resolver-se no conflito entre a intimidade e o isolamento. Eu devo dizer que, na minha opinião, this sucks. Já não é mau o suficiente ter de se admitir que não é possível ser plenamente feliz sem se estar numa relação com outra pessoa, ainda temos de procurar alguém que se meta numa cena dessa connosco? Quem é que, no seu juízo perfeito, se mete numa relação com outra pessoa? Ter de descobrir os seus podres e aceitá-los. Ter de lidar com os maus dias e os erros. Não há ninguém neste mundo que o queira efectivamente fazer. Mas é uma necessidade que temos de satisfazer para nos realizarmos.

Quando nos damos conta, estamos a sentir-nos velhos e gastos, ainda nos vinte. Ficamos com aquele olhar vazio, perdido no tempo e nas histórias que fomos acumulando. E, no final, o que retiramos? Qual foi a lição tão fundamental que retirámos de cada romance, de cada vez que partímos o coração, de cada tampa com que levámos ou que demos? É estúpido!

Depois de tantas lágrimas choradas e de tantas peripécias, ficamos imunes. Endurecemos cá dentro. Já nada nos afecta. Simplesmente, resignamo-nos ao que poderá ser a vontade do desconhecido. Não reagimos, não queremos saber. Simplesmente, esperamos. Esperamos pela hora certa, pela pessoa certa, pelo lugar certo, pelo mais certo de entre as demasiadas certezas que vamos tendo.

Não ajuda olhar à volta e ver as pessoas 20 anos mais velhas casadas, felizes e certas. Não ajuda, porque nos começamos a perguntar "Quando raio vou ter a certeza do certo? Quando é que vai ser a minha vez?" Não ajuda, porque é possível ser feliz, é possível ter essa certeza e nós não a temos. Não ajuda, porque nem sequer temos a certeza que, um dia, vamos ter essa certeza! O que nos resta? Esperar? Grrrrrrrrrrrrr

2 comentários:

  1. Não te preocupes que a vida encontra sempre um rumo. Daqui a uns tempos terás um amigo teu a pensar exactamente da mesma maneira que tu, mas olhando para ti como sendo o exemplo a seguir.

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