domingo, 30 de março de 2008

Coisas para pensar



Ora toma...


Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um brasileiro dá um 'baile' educadíssimo aos Americanos...


Durante um debate numa universidade dos Estados Unidos o actual Ministro da Educação Cristovam Buarque foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros). Um jovem americano fez a pergunta, dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta de Cristovam Buarque:






'De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também a de tudo o mais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar que esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!




Achei por bem que todos lessem e pensassem no assunto.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Coisas más

O que é possível fazer em Portugal a um professor? Onde foi que o país de brandos costumes os perdeu a todos? Onde estão os pais que devem educar os filhos, antes de eles terem este tipo de comportamento? Onde está o Estado quando é preciso proteger os professores? Quando surgiu a expressão "proteger os professores"? Que país é este em que isso é preciso? Onde está o país em que eu cresci? Onde está a escola em que eu me fiz gente? Onde está a dignidade que eu via nos meus professores?

Eu nunca fui a pessoa mais bem-comportada da turma, de longe. Mas sempre respeitei os meus professores. Sempre os defendi, sempre os ouvi, sempre vi neles exemplos. Talvez não em todos, mas na maioria. Mas mesmo não concordando, mesmo não os compreendendo, sempre os respeitei.

Tenho em casa uma mulher que tem um carisma especial. A minha mãe consegue transformar uma turma de insolentes, desinteressados e especiais alunos em pessoas que conseguem ouvir, que querem ser alguém, que querem viver uma vida melhor. Eu não sou uma das pessoas que se dá melhor com a minha mãe. Mas ela é e será sempre uma heroína para mim. Tenho o maior orgulho em ter sido educada por alguém que o soube fazer e que o faz melhor ainda quando se trata dos seus alunos. É fiel à sua profissão, mas é duas vezes mais fiel aos seus alunos. Nunca vi ninguém ser tão dedicada, ter tanta fé em crianças em que ninguém mais vê nada.

Espero que esta onda de desrespeito pela autoridade, em particular pela dos professores, seja travada a tempo de se degradar ainda mais a qualidade das pessoas neste país. Espero que isto pare a tempo de alguém estragar a vida à minha mãe ou a algum outro professor que ainda acredite nos alunos deste país.

É nestas alturas que eu tenho vergonha de ser portuguesa: quando vejo que isto não é apenas um caso isolado, mas uma tendência que começa a identificar-nos...

terça-feira, 18 de março de 2008

Coisas de partilhar




Muitos desafios se têm atravessado no meu caminho, ao longo da preparação para a minha ida para Berlim. Os mais difíceis de resolver são os burocráticos e a compreensão da língua. Porém, os desafios mais difíceis de resolver são aqueles que não posso prever, nomeadamente, que tipo de coisas podem acontecer, de que coisas se pode precisar, que coisas se devem fazer e em que situações...


Esta é uma oportunidade para todos partilharem opiniões, sugestões, histórias, tudo o que vos vier à cabeça que vos possa parecer útil, engraçado ou estranho. E, para todos os que lerem, será uma oportunidade de saber, aprender e rir.


Partilhem!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Coisas interessantes

Segundo o que aparenta, a vossa vontade é que o próximo Presidente dos E.U.A. seja uma mulher. Porém, tendo em conta a fraca aderência à sondagem, prolonguei o período de voto, até ao final do mês. Pessoal, isto é de extrema importância.
Boas votações!

domingo, 9 de março de 2008

Coisas de Erasmus

Arranjei uma mochila muito fixe para transportar as minhas coisas, em dias de chuva, pelas ruas de Berlim. Mas ficam a faltar uma máquina fotográfica e um leitor de mp3 para mostrar a todos o que vir por lá e para não fazer as viagens em silêncio. Continuo à espera de incentivos... :(

quarta-feira, 5 de março de 2008

Coisas de Erasmus


Hoje tomei o primeiro passo para o que virá. Fiz a pré-candidatura para Erasmus. Uma única opção de destino: Berlim. A vaga é quase uma certeza, pelo que só me falta esperar prazo para apresentar candidatura definitiva e começar a trabalhar no meu plano de estudos. Veremos como corre tudo. Incentivos?

terça-feira, 4 de março de 2008












Missing


Please, please forgive me,

But I won't be home again.

Maybe someday you'll look up,

And, barely conscious, you'll say to no one:

"Isn't something missing?"


You won't cry for my absence, I know -

You forgot me long ago.

Am I that unimportant?

Am I so insignificant?

Isn't something missing?

Isn't someone missing me?


Even though I'd be sacrifice,

You won't try for me, not now.

Though I'd die to know you loved me,

I'm all alone.

Isn't someone missing me?


Please, please forgive me,

But I won't be home again.

I know what you do to yourself,

I breathe deep and cry out,

"Isn't something missing?

Isn't someone missing me?


"Even though I'd be sacrifice,

You won't try for me, not now.

Though I'd die to know you loved me,

I'm all alone.

Isn't someone missing me?


And if I bleed, I'll bleed,

Knowing you don't care.

And if I sleep just to dream of you

I'll wake without you there,

Isn't something missing?

Isn't something...


Even though I'd be sacrifice,

You won't try for me, not now.

Though I'd die to know you loved me,

I'm all alone.

Isn´t something missing?

Isn't someone missing me?


Evanescence