A Bianca surgiu pela primeira vez, quando eu (whity) tinha 16 anos, ainda que de forma muito residual. A partir daí foi surgindo sempre que a bebida se misturava com um entusiasmo demasiado grande para ser processado por mim. A Bianca resulta da retirada de todas as inibições possíveis que eu imponho a mim própria e que me torna eu e tem apenas uma coisa em mente: a satisfação da necessidade mais básica e instintiva num ser humano. Por isso mesmo, a Bianca não é muito esquisita na escolha de companhia, nem pensa nas consequências. A Bianca surge de repente e faz questão de se mostrar presente e no controlo. Gosta de provocar situações que para a maioria das pessoas é constrangedoras e não tem papos na língua também. Diz o que eu penso e o que ela pensa, como se fossem a mesma coisa. E não sabe lidar com o que eu sinto, pelo que faz por transparecer qualquer tipo de ódio ou raiva que eu possa ter acumulada, mas de forma desajustada e insensata.
Porque todas as memórias que a Bianca traz são enevoadas, indefinidas. Não são o tipo de memórias que eu queira guardar, nem sequer me orgulho delas. A Bianca já me trouxe problemas antes e não compensou com coisas positivas. Até pode ser que a existência dela seja positiva, no sentido de libertação de fantasias e loucuras que eu sóbria não ouso fazer. Isso não garante que no futuro as consequências possam ser demasiado graves para serem ultrapassadas.
E, por tudo isto, a festa acaba aqui. A Bianca vai retirar-se de vez. E a última vez que existirá será para deixar algo que eu espero ser positivo. Até ao dia 5 de Novembro, deixem as vossas questões como comentário a este post. Eu suponho que ela vá responder a tudo, visto que não tem papas na língua, por isso, perguntem qualquer coisa que vos intrigue, conselhos de engate, o que for. As respostas irão ser publicadas dia 6 de Novembro. Aproveitem agora, porque não terão outra oportunidade.